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​​“Ser forte é parar quieto.​

PERMANECER” (Guimarães Rosa)​


Talento, criatividade e muito trabalho. É com esse tripé que a Companhia de Teatro Ícaros do Vale, de Araçuaí, trabalha para executar com qualidade os espetáculos que propõe. Nesses 17 anos de história, o Ícaros não se conteve no Vale do Jequitinhonha, ganhou o estado e se tornou um dos mais importantes grupos teatrais de Minas Gerais.​


Fundada no dia 12 de novembro de 1996, a companhia reunia jovens artistas da cidade que tinham um modo próprio de fazer teatro. No ano seguinte, os novos atores realizaram o primeiro espetáculo, intitulado “A filha que bateu na mãe sexta-feira da paixão e virou cachorra”, baseada em um texto de cordel que aborda questões sociais e religiosas da cultura popular.​


Em 1998, encenaram “Os Olhos Mansos”. A peça, que falava sobre a mortalidade infantil no Vale do Jequitinhonha, proporcionou à companhia ganhar vários prêmios na 15ª Mostra de Teatro da cidade de Pompéu-MG (entre eles o de melhor atriz, melhor atriz coadjuvante, atriz revelação e direção).​


No ano 2000, o grupo deu um novo salto em sua carreira, realizando parcerias com a escritora Virgínia Chaves e o compositor Josino Medina para a criação da peça “No caroço do Juá”. Esse espetáculo consolidou o Ícaros do Vale como um importante grupo no cenário mineiro do teatro de rua. No ano seguinte, a trupe foi convidada pelo Projeto Pró-Água (IGAM) para realizar um espetáculo para 23 comunidades ribeirinhas na bacia do rio Calhauzinho. Nasce a peça “De Mala e Cuia”, com a trilha sonora também composta por Josino Medina.​


Com a ideia de expandir o conhecimento a mais pessoas, em 2006 o grupo desenvolveu oficinas destinadas a estudantes da rede estadual de ensino sobre Iniciação Teatral. Nesse trabalho 15 adolescentes permaneceram na companhia e, baseado nas músicas de Dorival Caymmi, montaram o espetáculo “História de Pescador”. No mesmo ano o grupo lançou o espetáculo Maria Lira que teve a direção do renomado João das Neves, contando a história de uma importante personagem da região e fazendo uma ponte com a situação das mulheres do Vale. Essa peça foi a única de Minas a participar da III Mostra Latino Americana de Teatro de Grupo, realizado em maio de 2008 em São Paulo.​
Em 2009, o grupo realizou a sua primeira adaptação de um autor estrangeiro. O monólogo “A mais forte”, baseado na obra de August Stringberg ganhou uma adaptação à realidade do Vale do Jequitinhonha.


Em 2011 o Ícaros do Vale completou 15 anos. E para comemorar essa data, a companhia promoveu o primeiro Festival de Teatro de Rua de Araçuaí (FESTA). Durante quatro dias (8 a 12 de outubro), a cidade recebeu diversas atrações culturais, entre shows, peças teatrais oficinas, danças e palestras nas praças de Araçuaí. O evento ainda contou com uma exposição fotográfica e lançamento de livro.​


Em 2012 o grupo montou o espetáculo ”TERRA - A história de João Boa Morte - cabra marcado para morrer”. Com direção de Luciano Silveira, o espetáculo conta a história de um lavrador que reage as explorações do coronel fazendeiro. Com texto de Ferreira Gullar, Pedro Tierra e José Saramago, o espetáculo leva à reflexão de assuntos como a luta pela terra, a reforma agrária e as chacinas de Eldorado do Carajás e do acampamento Terra Prometida, em Felisburgo. O espetáculo viajou para importantes centros acadêmicos do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Teófilo-Otoni, Diamantina, entre outras cidades.​


Além de espetáculos, o grupo criou em 2009 o LABIRINTO CULTURAL - Casa de artes e ofícios da Companhia de teatro Ícaros do Vale e Coral Araras Grandes. Esse espaço cultural situado no antigo centro histórico da cidade (praça do Coreto) tem como objetivo intensificar as atividades da companhia no que tange o ensino da música , teatro e cultura popular do Vale do Jequitinhonha. Com uma programação diversificada de shows, espetáculos cênicos, exposições, cursos e projetos sociais com crianças e adolescentes, através da arte o Labirinto Cultural abriu espaço para a sensibilização e experiência do fazer artístico, apostando nas pessoas do Vale como instrumento de indagação e conhecimento de si mesmo e do mundo, assim como veículo de formação. Informação e transformação social. Já passaram por esta casa grandes nomes da cultura mineira como: Titane, Déa Trancoso, Rubinho do Vale , Carlos Farias, Sérgio Pererê, Tau Brasil entre outros.​


Há 17 anos fazendo das ruas o seu palco, a Companhia de Teatro Ícaros do Vale vem cada vez mais conquistando um espaço expressivo no teatro em Minas Gerais. Tendo como elemento principal a cultura popular e o povo do Vale do Jequitinhonha em maravilhosos espetáculos, o grupo segue construindo a sua história, encantando as pessoas que encontra em seu caminho e assumindo a missão de investir na formação do público e dos artistas, visando diminuir o fosso que separa a população as artes.​


"VALE VER​
VALE SE EMOCIONAR​
VALE SER DO VALE​
E SER ÍCAROS DO VALE​
É FAZER VALER A FORÇA DESSE LUGAR E DESSA GENTE"

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